LinkWithin

Related Posts with Thumbnails

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Avaliação

A CONSTRUÇÃO DOS MITOS: NO PASSADO E NO TEMPO, NO CONTEXTO DA CULTURA GREGA E NA FILOSOFIA CIÊNTIFICA.


No passado, no contexto da cultura ocidental, os gregos foram os que mais se destacaram no campo da mitologia, além de suas influências culturais em outras áreas do conhecimento. Na cultura ocidental o mito tornou-se, assim, o primeiro instrumento que desvendou os mistérios do mundo e traduziu os primeiros entendimentos do ser humano sobre a realidade. O mito, num primeiro conceito original, consiste numa narrativa fantasiosa, fantástica sobre a realidade, sobre o mundo. A palavra mito, no sentido etimológico, provém do grego e quer dizer contar, narrar, falar, anunciar, conversar. O mito, então se caracteriza, principalmente, por esse discurso imaginário e fictício de buscar explicações sobre os aspectos essenciais da realidade, como por exemplo: a origem do mundo, o funcionamento da natureza, as origens do ser humano e dos valores. O mito passava de geração a geração através da narrativa de uma pessoa, uma autoridade dentro da comunidade que inspirava confiança e fidelidade.

A mitologia como o conjunto de mitos, lendas e crenças integrantes da cultura de um povo utilizava. elementos simbólicos e sobrenaturais para explicar a realidade. O apelo ao mistério, ao sobrenatural, ao sagrado, à magia constitue elementos centrais da mitologia. Por exemplo, na mitologia grega, além dos deuses imortais,( Hera, Zeus, Ares, Atena etc.), cultuavam-se heróis ou semideuses, que eram filhos de um deus com uma pessoa mortal. Os gregos criaram numerosas históricas baseadas numa rica mitologia. Para os gregos, os deuses presidiram a origem do universo e geraram semideuses, heróis e monstros. Os grandes deuses habitavam o monte Olimpo e destacam-se os seguintes: Héstia (deusa do lar), Cronos e Réia (os primeiros deuses), Hades(deus do inferno), Deméter (deusa da agricultura), Zeus(deus do céu e senhor do Olimpo), Hera (esposa de Zeus), Posêidon (deus dos mares),Ares ( deus da guerra), Atena (deusa da inteligência), Afrodite( deusa do amor e da beleza), Dionísio (deus do prazer, da aventura, do vinho), Apolo(deus do sol, da artes e da razão), Artemis (deusa da lua da caça e da fecundidade animal). Hefestos (deus do fogo, patrono dos metalúrgicos), Hermes (deus do comércio e das comunicações). A mitologia grega surgiu para representar algumas funções sociais: a função de explicar e tranquilizar as pessoas diante dos mistérios da natureza e a função de regular e ordenar a ação humana.A explicação mítica, todavia, não justifica, nem se fundamenta nem se presta ao questionamento. O pensamento mítico requer a adesão e a aceitação das pessoas sem qualquer crítica ou correção. Não há discussão sobre os mitos, pois eles são aceitos pela cultura como a própria visão de mundo.

Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :

- Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Héracles ou Hércules e Aquiles.

- Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.

- Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.



- Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.



- Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.

- Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa-

- Quimeras: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.



Mitos sobre a Criação do Mundo

De onde provém a terra? Como se formou o Universo? Muito antes das teorias científicas sobre a origem do mundo, todas as religiões, todas as culturas do planeta, tinham já dado resposta a estas perguntas.

Egito: A terra surgiu do Nilo

Havia no Egito Antigo vários mitos sobre a criação, contam-se pelo menos 10 divindades criadoras.

Antes de todas as coisas não havia senão trevas e “água primordial”, o Nun (oceano à semelhança do Nilo que continha todos os germes da vida).

Surgiu o senhor todo-poderoso Atum, que se criou a si próprio a partir do Num, por ter pronunciado o seu próprio nome, depois teve 2 gémeos, um filho Chu (que representava o ar seco) e uma filha Tefnut (ar húmido). Estes separaram o céu das águas e geraram Geb – a terra seca e Nut – o céu.



Grécia: A união do Céu e da Terra

Para os Gregos, o início da criação era o Caos, e este gerou Érebo (a parte mais profunda dos infernos) e Nyx (a noite). Estes fizeram nascer Éter (o ar) e Hémera ( o dia).

Depois Gaia (terra) tornou-se a base em que todas as vidas têm a sua origem. Úrano (céu) casou-se com Gaia (terra). Todas as criaturas provêm desta união do céu e da terra (titãs, deuses, homens).



Criação Bíblica

1º Dia – “Deus criou o Céu e a Terra”

2º Dia – “Deus fez o firmamento e separou umas águas das outras e chamou firmamento de Céu”

3º Dia – Houve a Terra e os Mares

4º Dia – Deus separou os dias e as noites

5º Dia – Surgem peixes e aves

6º Dia – Surgem outros animais. Deus cria o Homem

7º Dia – “Deus descansou”



Teoria do BIG BANG

Teoria mais aceite sobre a origem do Universo, segundo ela o Universo teria nascido a partir de uma concentração de matéria e energia extremamente densa e quente.

Nesse momento, ocorre uma explosão, o chamado Big Bang, que desencadeia a expansão do Universo, depois a matéria arrefece e passados um bilião de anos, a matéria agrega-se para formar as primeiras galáxias.

Atividades

1. Avalie o texto "A Construção do mitos" e descreva suas considerações;

2. Que semelhanças você percebe entre os mitos sobre a criação do mundo?

3. Você conhece algum mito brasileiro? Cite.

4. Cite a importância do mito na vida cultural de um povo.





Leia mais: http://filosofiacema.webnode.com.pt/atividades/

Crie seu site grátis: http://www.webnode.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tecnologia X Inteligência

TALES DE MILETO

Um sofista se aproximou de Tales de Mileto, um dos Sete Sábios da Grécia Antiga, e intentou confundi-lo com as perguntas mais difíceis. Porém o Sábio de Mileto esteve à altura da prova porque respondeu a todas as perguntas sem a menor vacilação e assim mesmo com a maior exatidão.



1 - Qual é a coisa mais antiga?

-- Deus, porque sempre tem existido.



2 - Qual é a coisa mais formosa?

-- O Universo, porque é obra de Deus.



3 - Qual é a maior de todas as coisas?

-- O Espaço, porque contém todo o Criador.


4 - Qual é a coisa mais constante?

-- A esperança, porque permanece no homem depois que haja perdido todo o mais.


5 - Qual é a melhor de todas as coisas?

-- A Virtude, porque sem ela não existe nada de bom.


6 - Qual é a mais rápida de todas as coisas?

-- O Pensamento, porque em menos de um minuto pode voar até o final do Universo.



7 - Qual é a mais forte de todas as coisas?

-- A Necessidade, porque faz com que o homem enfrente todos os perigos da vida.


8 - Qual é a mais fácil de todas as coisas?

-- Dar conselhos.

Porém, quando chegou à nona pergunta, nosso Sábio disse um paradoxo. Deu uma resposta que, estou seguro, não foi jamais entendida pelo mundano interlocutor, e que, para a maioria das pessoas terá um sentido superficial. A pergunta foi esta:

9 - Qual é a mais difícil de todas as coisas?

E o Sábio de Mileto replicou:

-- Conhecer a si mesmo.

As três peneiras

Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.
Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras? - indagou o rapaz.
- Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
Arremata Sócrates:
- Se passou pelas três peneiras, conte !!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

domingo, 16 de outubro de 2011

A roupa de Gandhi

O Mahatma Gandhi provou que a "roupa não faz o homem". Ele só usava uma tanga a fim de se identificar com as massas simples da Índia.
Certa vez ele chegou assim vestido numa festa dada pelo governador inglês e os criados não o deixaram entrar.
Ele voltou para casa e, por meio de um mensageiro, enviou um pacote ao governador. Dentro do pacote continha um terno. O governador ligou para a casa de Gandhi e lhe perguntou o significado do embrulho. O grande homem respondeu:
- Fui convidado para sua festa, mas não me permitiram entrar por causa da minha roupa. Se é a roupa que vale, eu lhe enviei o meu terno...

PARA REFLETIR EM GRUPO:
1- O que faz o verdadeiro homem: a roupa que ele veste ou seu modo de ser?
2- O que se entende por: "Além do pão o trabalho. Além do trabalho, a ação?

domingo, 9 de outubro de 2011

Afetos e Afetados


Por Márcio Alexandre da Silva 

Algumas vezes por não recebermos afetos, caímos no egoísmo e cometemos o erro de guardarmos os carinhos que temos para nós mesmos e não o distribuímos. Esquecemos que quando guardamos o amor para si, ele apodrece, como quando acondicionamos maçãs em caixas de papelão. Nós condicionamos as crianças a acumular carícias e amor e não as distribuir. É comum dizermos para as crianças. “Não deixe fulaninho brincar com seus brinquedos ele não deixa você brincar com o deles”. Somos maus acostumados a economizar carinhos e afetos. Temos a ideia errôneas de que eles acabarão por isso devemos poupá-los. Ainda assim muitas pessoas se casam querendo apenas receber amor, não dando amor, enclausurando o amor dentro de si. Não foram educados para entender que as trocas de afetos enriquecem as pessoas. Pois, desde pequenos somos educados a economizar carinho, afeto e atenção. Como no exemplo do carrinho, em que a criança é motivada a não emprestar, se não for rec eber algo em troca. Essa mentalidade esta totalmente errada. Há pessoas que são carentes de afetos. Isso é o grande mau da modernidade, as pessoas estão cada vez se relacionando menos. Estudos feitos com crianças comprovam que algumas quando doentes, mesmo que tratadas, com medicações e médicos de qualidades, não se recuperam senão tiverem carinhos. Gestos de carinhos são terapêuticos. Alguns erros em relações aos afetos:Muitos pensam que a carícia tem limites por isso devemos economizá-los. Distribuir carícias pode acostumar às pessoas – muitas vezes não pegamos a criança no colo com o argumento de não acostumá-la má e “intoxicamos” de leite enquanto ela chora. Nunca receba carícias gratuitamente a única forma de recebê-la é em forma de troca. Você não deve se auto-elogiar, os outros sabem do seu mérito. Homem não pode ser cuidado por mulher, afinal somos “mais fortes”. Homem não pode ser cuidado por outro homem, senão seremos afeminados ou fracos. Quanto menos depender dos outros melhor. Talvez esse último seja o pior de todos os erros: sexo é a única forma de trocas de carícias, afetos e prova de amor. Os aspectos positivos dos afetos são: as coisas que nos causam bem estar e prazer benéfico, realização, reconhecimento, acolhida, elogios, gestos de afetos, convites, abraços, beijos, olho-no-olho, telefonemas...Os aspectos negativos dos afetos são: agressões, seja físicas e verbais, depreciação, desafetos, indiferenças, bajulações, falsos elogios.Os frutos das carícias negativas. Por exemplo, a pessoa faz um trabalho errado, recebe falsos elogios. Alguém fez algo errado com caridade corriga a pessoa para que ela possa mudar.As vantagens do amor próprio excessivo é que sempre devemos rezar a seguinte oração: “Ó Senhor, fazei que eu ame o próximo como a mim mesmo, mas, antes, Senhor ensina-me a amar a mim mesmo”. Pois, o amor próprio faz as pessoas terem vontades de praticarem esportes, aprender filosofia, cultivar artes e outras coisas boas da vida. Quem se ama equilibradamente, começa a ser amado pelo próximo, e passa a amar o próximo como a si mesmo. O ser humano ainda perece por falta de amor.Comece hoje o desafio da terapia do abraço. Inicie abraçando pelo menos três pessoas por dia. Com o passar do tempo aumente esse número. E sem que menos você espere estará trocando afetos com varias pessoas. Experimente o poder terapêutico de um abraço!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O amor no mundo contemporâneo

O amor no mundo contemporâneo
divorcio3      
Na sociedade contemporânea, fala-se muito sobre sexo e quase nada sobre o amor. Talvez porque o amor, sendo um enigma, não se deixa decifrar, repelindo toda tentativa de classificação ou definição. Ao contrário, a literatura nunca deixou de falar do amor e encontramos na poesia a metáfora como possibilidade de compreensão melhor do amor.

 No entanto, não há como negar que esse vazio conceitual se deva à dificuldade de expressão do amor no mundo contemporâneo. Com o desaparecimento das sociedades tradicionais, cujos cos-tumes envolviam fortes relações entre as pessoas, nos centros urbanos muito populosos criou-se o fenômeno da “multidão solitária”: as pessoas estão lado a lado mas seus contatos dificilmente se aprofundam, tornando-se mais raro o encontro verdadeiro.
Não só as relações entre duas pessoas se acham empobrecidas. O afrouxamento dos laços familiares lançou as pessoas em um mundo onde elas contam apenas consigo mesmas.  Mesmo que sejam válidas as críticas ao autoritarismo da família, esta ainda é o lugar da possibilidade do afeto. Ou, pelo menos, o sair dela não é garantia de ter o vazio de amor preenchido.
 A sociedade em que vivemos é caracterizada como hedonista e permissiva, voltada para o consumo e marcada pelo individualismo narcisista. Ora, a busca de prazer imediato e a recusa em suportar frustrações são comportamentos que não se conciliam com o delicado trabalho de uma relação amorosa, a ser construída ao longo da convivência entremeada pelos paradoxos que já analisamos.
Além disso, no mundo da satisfação imediata, do prazer aqui e agora, o desejo de emoções fortes substitui os amores ternos cuja intensidade passional certamente se atenua com o tempo, pois a paixão é fugaz por natureza. È bem verdade que se o amor se funda no compromisso e as pessoas cada vez mais têm medo da dor, do sofrimento, do risco de perda, o que resulta são as relações superficiais, os “amores breves”.
Do livro Filosofando, de Maria Lúcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins 
Fonte: Blog Filosofia e Vida

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Consequências mundiais geradas pelo 11 de setembro

Impacto causado aos EUA pelos ataques se reflete até os dias de hoje, diz especialista

Filipe Cury

Nos últimos 10 anos o mundo testemunhou o legado deixado por um evento de proporções gigantes nos espectros social, econômico e governamental.

A queda das Torres Gêmeas, no dia 11 de setembro de 2001, oriunda de uma sequência de ataques terroristas aos Estados Unidos foi o estopim para se instaurar uma nova configuração na ordem mundial.

Segundo Samuel Feldberg, professor do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da universidade de São Paulo (USP) e especialista em Oriente Médio pela Universidade de Tel Aviv, "A reação dos Estados Unidos gerou praticamente uma reação em cadeia das principais potencias  internacionais. A resposta dos EUA aos atentados com a invasão do Afeganistão, a eliminação do governo local e a perseguição aos elementos da Al Qaeda foi apoiada por todas as principais potências."

Os reflexos das consequências do dia 11 de setembro podem ser vistos até hoje. Em uma ordem cronológica, a invasão do Iraque, em 2003, a captura do terrorista mais procurado do mundo Osama Bin Laden, que culminou em sua morte em maio deste ano, o aumento da segurança na entrada de estrangeiros são fatos testemunhados de perto por nós.

Feldberg acredita que a lição tirada dos ataques é que a cada episódio, as autoridades que lutam contra o terrorismo absorvem conhecimento e são capazes de aproveitar a experiência adquirida para tornar mais difícil que um próximo atentado ocorra.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Revolução Tecnológica do Século XXI




Por Paulo Rodrigues

Vivemos numa época de intoxicação informacional, em meio a um turbilhão de informações que não cessam de se proliferar. Nos deparamos com o uso cada vez mais assíduo de tecnologias modernas (celulares ou computadores) em todas as esferas, o que nos leva a refletir sobre a comunicação, como ela vem se processando tendo o homem como centro desse processo Nomofobia, que vem do inglês “no mobile”, foi o nome dado para a doença que causa pânico e angústia na falta do celular. Mas o celular é apenas uma das tecnologias sem as quais algumas pessoas literalmente não sobrevivem. Há quem não passe um minuto sem o computador, o e-mail, a internet. Ao que tudo indica, viraram reféns do mundo moderno. É o Iphone, o Ipad, o laptop e assim por diante. São fobias muito novas e pouco diagnosticadas, já que as pessoas não as enxergam como doenças. “Como em todas as compulsões, o indivíduo só percebe quando a coisa fica muito grave e passa a interferir a vida cotidiana. Ele não nota porque virou necessidade da vida moderna ficar plugado o tempo todo”, explica a psicóloga Angela Ferreira Batalha, que é especialista em fobias.

A Economia Tecnológica

A mecânica da economia social na mudança de milênio, isto é, o que move as engrenagens da máquina administrativa está na oferta da maior qualidade e agilidade de serviços. A informatização tem um papel fundamental neste contexto. A passagem na mudança de milênio da era industrial para informal, da chamada globalização para a informatização tem um impacto jamais imaginado sobre a mentalidade dos indivíduos nela inseridos. Existe um equilíbrio grande entre as vantagens e as desvantagens que o avanço da tecnologia traz para a sociedade. A principal vantagem é refletida na produção industrial: a tecnologia torna a produção mais rápida e maior e, sendo assim, o resultado final é um produto mais barato e com maior qualidade. As desvantagens que a tecnologia traz são de tal forma preocupantes que quase superam as vantagens, uma delas é a poluição que, se não for controlada a tempo, evolui para um quadro irreversível. Outra desvantagem é quanto ao desemprego gerado pelo uso intensivo das máquinas na indústria, na agricultura e no comércio. A este tipo de desemprego, no qual o trabalho do homem é substituído pelo trabalho das máquinas, denominamos desemprego estrutural. Um dos países que mais sofrem com este problema é o Japão, sendo que um dos principais motivos para o crescimento da economia deste país ter freado a partir da década de 1990 foi, justamente, o desemprego estrutural.

Diferentes Processos e Interpretações

Chamam-se de Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) as tecnologias e métodos para comunicar surgidas no contexto da Revolução Informacional, “Revolução Telemática” ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidas gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 e, principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se caracteriza por agilizar, horizontalizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (texto, imagem estática, vídeo e som). Considera-se que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais) possibilitou o surgimento da “sociedade da informação”. Alguns estudiosos já falam de sociedade do conhecimento para destacar o valor do capital humano na sociedade estruturada em redes telemáticas.

São Consideradas NTICs, entre outras:

Os computadores pessoais (PCs, personal computers)

As câmeras de vídeo e foto para computador ou webcams

A gravação doméstica de CDs e DVDs

Os diversos suportes para guardar e portar dados como os disquetes (com os tamanhos mais variados), discos rígidos ou hds, cartões de memória, pendrives, zipdrives e assemelhados.

A telefonia móvel (telemóveis ou telefones celulares)

A TV por assinatura

TV a cabo

TV por antena parabólica

O correio eletrônico (e-mail)

As listas de discussão (mailing lists)

A internet

A world wide web (principal interface gráfica da internet)

Os websites e home pages

Os quadros de discussão (message boards)

O streaming (fluxo contínuo de áudio e vídeo via internet)

O podcasting (transmissão sob demanda de áudio e vídeo via internet)

A enciclopédia colaborativa, a wikipedia, possível graças à Internet, à www e à invenção do wiki.

As tecnologias digitais de captação e tratamento de imagens e sons

A captura eletrônica ou digitalização de imagens (scanners)

A fotografia digital

O vídeo digital

O cinema digital (da captação à exibição)

O som digital

A TV digital e o rádio digital

As tecnologias de acesso remoto (sem fio ou wireless)

Wi-Fi

Bluetooth

RFID

EPVC



Interatividade

De modo geral as novas tecnologias estão associadas à interatividade e a quebra com o modelo comunicacional, em que a informação é transmitida de modo unidirecional, adotando o modelo todos-todos, em que aqueles que integram redes de conexão operacionalizadas por meio das NTIC fazem parte do envio e do recebimento das informações. Neste sentido, muitas tecnologias são questionadas quanto a sua inclusão no conceito de novas tecnologias da informação e comunicação, ou meramente novos modelos de antigas tecnologias. As novas tecnologias, relacionadas a uma revolução informacional, oferecem uma infra-estrutra comunicacional que permite a interação em rede de seus integrantes. Numa rede, no entanto, geralmente são descartados modelos em que haja uma produção unilateral das informações que serão somente repassadas aos outros terminais de acesso. Este modelo é considerado reativo e não interativo e aparece mesmo na internet, disponibilizados pelos conhecidos portais, e agências midiáticas que disponibilizam suas informações e serviços pela Internet tão somente.

As Novas Tecnologias e a Comunicação

É difícil prever o impacto que terá nelas, embora já se possam antever alguns contornos: maior facilidade e rapidez de acesso à informação, melhor coordenação de colaboradores dispersos geograficamente, por exemplo, integração e automatização dos processos de negócio a montante (fornecedores) e a jusante (clientes), incremento da possibilidade de participação dos colaboradores nas atividades de gestão dos seus superiores hierárquicos, etc. As novas tecnologias parecem favorecer a tendência para as empresas terem fronteiras cada vez menos demarcadas em relação ao seu meio ambiente, a trabalharem cada vez mais “em rede” com outras empresas e, dentro delas, os seus colaboradores também trabalharem cada vez mais conectados.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O que temos para hoje?

O que temos pra hoje


A frase “é o que temos pra hoje” é muito boa. Ela nos propõe um dos exercícios mais necessários e difíceis do mundo, a aceitação. O mundo não é como você deseja, nem como eu gostaria, nem como ninguém quer. O mundo é do jeito que ele é mesmo. As coisas vão acontecendo, nos levando, nos envolvendo. Claro que o livre arbítrio existe, mas numa proporção pequena. O raio de ação dos nossos desejos é mínimo. Nós é que temos que encontrar as brechas para ampliá-lo. Ou não. E o que temos pra hoje? Olhando os sites de notícias vemos que na Internet, o que as pessoas mais procuram é a vida alheia. O que temos pra hoje é fofoca de celebridade. Sei que sempre foi assim e que talvez seja sempre seja. Sei também que toda santa vez que menciono que o brasileiro, o português, o latino de uma forma geral gosta de uma fofoca da vida do outro, alguém se sente ofendido e, em defesa, alega que os tabloides ingleses (e alemães e outros) provam que o interesse é mundial. Ok, mundial então. E qual é o problema do ser humano se interessar pela vida do outro? Não é assim que aprendemos, que nos conhecemos? Sim, é. Mas isso não é suficiente. Ficar o tempo todo lendo e se interessando por fofoca não é crime, pra começar. Só não é saudável. Exatamente como acontece na alimentação. Se você, uma criança, um adolescente passar o dia comendo salgadinho de pacote, fritura, doces, ele não vai morrer imediatamente. Mas talvez morra mais cedo e, certamente vai comprometer a qualidade da sua vida. Continuando na analogia, o conhecimento seria o grupo das verduras e legumes. E a arte, as frutas. Para ter uma vida mental saudável, equilibrada, é preciso consumir conhecimento. Ler, aprender. E consumir arte. Não sei se no mundo todo é assim, mas pelo que vejo na Internet brasileira o grande consumo é de bobagem. Bobagem, no sentido mais profundo. Não é passatempo com algum proveito, é só passatempo. Não é um sudoku, palavras cruzadas, jogos de estratégia, que podem prover algum exercício para o cérebro humano. É só tosqueira. A tosqueria existe e é divertida. Eu também consumo. Aliás, eu também deveria consumir mais coisas saudáveis num sentido mais amplo.

Só acho que poderíamos dosar as coisas um pouco mais. Pra cada notícia de fofoca, uma de política internacional (já tem gente fazendo cara feia como se eu estivesse propondo comer jiló). Pra casa vídeo tosco, um clip de boa música. Pra cada hora sentada na frente do computador, dez minutos de exercícios físicos ou alongamento.

É difícil? É. A gente está viciado em porcaria? Está. Isso pode nos levar mais cedo pro além? Pode. Posto isso, a decisão está em nossas mãos.Cabe a você decidir onde clicar assim que terminar esse texto. Ou pra onde ir. Ou o que fazer da vida.

Rosana Hermann Twitter: @Rosana

Aividade

1) Após a leitura do texto procure na Internet alguns sites que são verduras, legumes e frutas e poste nos comentários os sites que visitou. Não esqueça de deixar seu nome, o curso e o ano que está cursando. Bom trabalho.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Pobre Amy por Rosana Hermann



Eu gostava da Amy. Ainda estou chocada com a morte da cantora. Claro, todo mundo imaginava que ela não viveria muito se a dependência química não fosse tratada. Mas olha, o problema das drogas é mais complexo do que parece. A pessoa tem uma tendência, um desequilíbrio químico, uma condição mental. Não é simplesmente o caso de dizer "ela procurou isso" e virar as costas. Tem gente que sempre culpa a vítima, impressionante. Ela tinha um impulso destrutivo, muito gente tem. É doença. Não faz parte do projeto natural  do ser humano nascer e autodestruir-se, faz? Portanto, ela tinha uma condição que a levava a isso. Um bug, uma falha, uma doença.
Era tudo tão visível, o talento, a doença. Na mesma proporção, imensos, gigantescos. E uma vida tão breve, com tanto sofrimento.
Quando fui ao show dela em São Paulo, no Anhembi, vi gente péssima na plateia, pedindo pra ela beber, aplaudindo quando ela tomava um gole. As mesmas pessoas que ESTIMULAM o doente, o viciado, a consumir o que lhe mata vai apontar dedos na cara e dizer que "foi a escolha dela".
Não escolhemos o que somos. Nem os talentos, nem as fraquezas e doenças. A gente tem que aprender a lidar, a controlar, a se tratar. Mas se tudo fosse tão simples, só questão de consciência e opção, então por que comemos comida que nos faz mal? Por que tanta gente quer emagrecer e não consegue parar de ingerir  gordura, sal, açúcar, porcaria? Nunca aconteceu com você? Você decide que vai fazer uma coisa e não CONSEGUE seguir aquilo que você mesmo decidiu? Quer levantar e sente preguiça? É só questão de "força de vontade?" Claro que não. E mesmo a falta de força de vontade não É CULPA da pessoa.
Estas coisas absurdas como "gordo é sem-vergonha porque come muito", de "homossexual que fez esta opção" (a orientação sexual não é escolha e evidentemente não é uma doença, por favor), de drogados que "escolheram esse caminho", não tem sentido. Todos temos problemas, questões, condições, tanto faz o termo. Precisamos de ajuda e tratamento quando estamos doentes. Precisamos de respeito sempre. E o primeiro passo pra respeitar o problema do outro é reconhecer o nosso. Mas, né, tem que ser muito bem resolvido pra admitir sua verdade.
Eu vou chorar a morte de Amy. Como eu choraria qualquer morte prematura, qualquer vida de sofrimento.
Eu era fã.
Ainda sou.

Caça-Palavras .... Pré Socraticos

Sabemos como a Filosofia nasceu, sabemos também o que motiva uma pessoa a filosofar. Mas quais foram os primeiros filósofos? O que fizeram?
    O primeiro deles foi Tales de Mileto (cerca de 625/4-558/6 a.C.) e, infelizmente, o tempo não conservou nenhum de seus fragmentos, aliás, segundo John Burnet, Tales jamais escreveu; porém, alguns pensadores antigos escreveram o que pensavam outros: veja, por exemplo, o que Aristóteles escreveu sobre Tales:
 “A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são de natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem, enquanto a substância subsiste mudando-se apenas as afecções, tal é, para eles, o elemento, tal é o princípio dos seres; e por isso julgam que nada se gera nem se destrói, como se tal natureza subsistisse sempre… Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se engendram, mas continuando ela mesma. Quanto ao número e à natureza destes princípios, nem todos dizem o mesmo. Tales, o fundador da filosofia, diz ser água [o princípio] (é por este motivo também que ele declarou que a terra está sobre água), levando sem dúvida a esta concepção por ver que o alimento de todas as coisas é o úmido, e que o próprio quente dele procede e dele vive (ora aquilo de que as coisas vem e, para todos, o seu princípio. Por tal observar adotou esta concepção, e pelo fato de as sementes de todas as coisas terem a natureza úmida; e a água é o princípio da natureza para as coisas úmidas (…).”ARISTÓTELES. Metafísica, I, 3.983 b6 .
      Note a força das palavras atribuídas a Tales: a água, ou o úmido, é o princípio de todas as coisas. Você já parou para pensar qual é o princípio (arch) das coisas? Tal era a ambição de Tales: desvendar o segredo do mundo, o seu princípio. Há alguns motivos que levaram Tales a pensar que o princípio de todas as coisas fosse a água: a) na própria mitologia grega, há a idéia de que o rio Oceano estava envolta do mundo e o formou; b) a passagem da água de um estado a outro pôde fazer Tales pensar que ela está por trás de todas as coisas; c) segundo Simplício, Tales teria observado que os seres vivos são úmidos e, ao morrerem, secam; d) na sua viagem pelo Egito, Tales observou que, após a cheia, as plantas apareciam; e) restos de animais marinhos encontrados em regiões montanhosas da época, reforçaram a idéia em Tales de que, um dia, tudo era água.
    Certas ou erradas, as idéias de Tales expressavam um novo modo de explicar o mundo: a água como princípio de tudo funciona como um deus (qeoz – a palavra deus, na época de Tales, podia ser usada com um sentido não-religioso, significando uma espécie de princípio ativo presentes nas coisas), um princípio vital e que se movimenta, provocando mudança (kínesis) nas coisas. Assim, ao surgirem da água, as coisas não podem surgir do nada e nem retornar a ele, mas apenas da e para a água. A grande questão é resolver como que, a partir da água, todo o resto foi formado?
      Por isso, lembre-se, o pensamento de Tales é uma cosmologia, explicando o mundo racionalmente a partir das observações sobre ele.  Outros filósofos da mesma época explicavam o mundo da mesma forma, mas com outros elementos como princípio: Anaximandro de Mileto apostou no ilimitado, Anaxímenes de Mileto no ar, Pitágoras de Samos o número… Enfim, seria interessante você fazer uma pesquisa e verificar como os primeiros filósofos, também chamados de pré-socráticos e de filósofos da natureza, explicavam o mundo. Além dos nomes já citados, procure por Heráclito de Éfeso, Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia, Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazómena, Demócrito.
Encontre o nome dos primeiros filósofos citados no final do texto sobre Os primeiros filósofos.

Fonte: http://blogfilosofiaevida.com/

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O bom e mau Caráter: Seis dicas para identificar o tipo de pessoa que ronda você

Caráter

Uma das fraquezas mais detestáveis do ser humano é a incapacidade de reconhecer os próprios erros. Nunca entendi por que é tão difícil dizer: "errei, fui mal, me desculpe, vou tentar fazer melhor da próxima vez". Para mim, isso é o básico do básico. É o requisito mínimo necessário para manter a boa convivência entre pessoas respeitáveis.
Por muito tempo achei que as pessoas incapazes de fazer isso fossem minoria. Acreditava que esse comportamento fosse fruto de algum desvio de caráter bizarro e relativamente incomum. Estava enganada. Começo a achar que saber pedir desculpas virou raridade.
Quem não reconhece os próprios erros quase sempre usa de outro expediente horroroso: tenta lançar a culpa sobre outras pessoas. Aposto, querido leitor, que você consegue reconhecer muita gente que faz isso no seu trabalho. Ou na família. Ou até mesmo no círculo de amigos mais próximos.
Para essa gente, o erro é sempre dos outros. Quando o outro acerta foi por "sorte". Nunca por mérito, trabalho duro, dedicação. Pessoas assim tumultuam as relações profissionais, familiares e de amizade. Poderia ser diferente?
Gosto de acreditar que todo mundo merece um voto de confiança. É reconfortante pensar que para melhorar basta estar vivo. O problema é que muitos desses traços de personalidade são relativamente imutáveis. Costumam acompanhar a pessoa por toda a existência. O cidadão pode até aprimorar seu jeito de ser diante das pedradas que a vida lhe der, mas a essência não muda. É aquilo e pronto.
Seria muito útil se pudessemos identificar pessoas assim antes que elas causassem estragos. Existe um check-list capaz de identificar o bom e o mau caráter? Existe uma receita capaz de nos orientar (ainda que minimamente) quando contratamos alguém, somos apresentados a novos colegas ou escolhemos um parceiro?
A edição de junho da revista Psychology Today traz uma reportagem que propõe seis pistas para identificar as características principais da personalidade. Ao observá-las, dizem os psicólogos, seria possível prever que tipo de pessoa o sujeito que está na sua frente vai se revelar.
"Desenvolvimento não é um mistério", diz a psicóloga Susan Engel, do William College à revista Psychology Today. "É como uma bola de cristal. Você só precisa saber como olhá-la". É preciso encontrar (ou criar) situações que têm grande chance de tornar explícitas os traços que pretendemos observar. Seis características fundamentais:
INTELIGÊNCIA
É a habilidade e a velocidade de processar informação. A inteligência permite (embora não haja garantia de que isso ocorra sempre) uma maior compreensão da vida, das experiências e de outras pessoas. Tem a ver com a habilidade de lidar com a complexidade.
DICA: Preste atenção à forma como a pessoa pensa. Observe como ela desenvolve um argumento ou como avalia prós e contras. Observe com que rapidez ela absorve informação nova e como entende e lida com situações complexas. Sua habilidade de gerar múltiplas soluções para um problema é um ótimo sinal.
MOTIVAÇÃO
Permite que a pessoa atinja qualquer objetivo desejado, mas ela só existe se houver persistência e paixão. Se a pessoa for muito persistente e apaixonada pelo que faz muito provavelmente ela tem um otimismo acima da média. Mais um bom sinal.
DICA: Observe como a pessoa fala sobre os problemas da vida. O que ela diz quando encontra um obstáculo? É um jeito de descobrir se ela acredita na importância do esforço. Se a pessoa reage com raiva e culpa a falta de sorte quando as coisas dão errado, abra o olho.
SATISFAÇÃO
Muitos psicólogos e filósofos acreditam que a felicidade vem da capacidade de ter um senso de propósito e se sentir útil. Explorar as crenças da pessoa sobre a felicidade ajuda a revelar qual é a chance que ela tem de atingi-la. Se a pessoa relaciona a felicidade apenas ao consumo de bens materiais está fadada ao desapontamento.
DICA: Qual é a capacidade da pessoa de encontrar satisfação? Ela é realista a respeito de suas fraquezas pessoais? Ela age de acordo com suas crenças e valores mesmo em situações em que corre o risco de ser criticada? A tendência de atribuir ao destino tudo o que dá errado distorce a realidade e instala a penúria. Vai sobrar para quem estiver por perto...
SOCIABILIDADE
Pode ser entendida como a capacidade de criar reciprocidade. Crianças e adultos buscam nos outros a bondade, a amabilidade e a certeza de que o outro estará disponível para ajudá-lo quando necessário.Ter pelo menos um bom amigo nos ajuda a enfrentar as agruras da vida. Nem toda pessoa tem o mesmo grau de sociabilidade. Algumas ficam muito confortáveis passando tempo sozinhas e frequentemente preferem estar assim. Não há nenhum mal nisso. Uma medida da personalidade é quanta solidão ela deseja. Igualmente importante é observar se ela pode criar vida social no momento em que deseja.
DICA: Observe a natureza das amizades de uma pessoa. As amizades são genuínas ou baseadas em interesses? São marcadas pela dominância e pela submissão? Talvez o sinal mais forte de problemas seja a existência de rompimentos. Uma sequência de ex-amizades é sinal de rigidez. Significa que a pessoa é incapaz de tolerar conflitos ou lidar com complexidades.
INTIMIDADE
A intimidade é uma importante fonte de equilíbrio, a forma mais profunda de conforto. Os psicólogos concordam: a primeira relação é a base de todas as outras. A natureza do vínculo emocional na família estabelece não somente a habilidade de adquirir um senso de conexão, mas o grau de segurança nas relações posteriores.
DICA: Observe a capacidade de alguém de ser tornar íntimo e você saberá se ela consegue confiar em outra pessoa e revelar sua vulnerabilidade. A capacidade de ouvir - às vezes a mais essencial necessidade numa relação íntima, principalmente nos momenos difíceis - é uma qualidade crucial e fácil de perceber.
BONDADE
A bondade e a maldade vêm de algum lugar. As pessoas seguem modelos que estão ao redor. Alguns aspectos da moralidade são gerados dentro da pessoa e outros fora. A empatia aparece cedo na vida e persiste. Um sinal de moralidade é a boa vontade quando alguém precisa de ajuda.
DICA: Observe se a pessoa consegue controlar suas próprias emoções (especialmente as negativas, como raiva e ansiedade) sem negá-las. Se ela fizer isso, provavelmente será capaz de tolerar os tombos dos outros e ajudá-los.
A reportagem é interessante, mas a vida real é bem mais complexa. Relacionamentos não são guiados por receitas de bolo. Pessoas não podem ser enquadradas em perfis estáticos, embora listas como essa sirvam de guia sobre características importantes a observar. Por conta própria, incluiria outra: o senso de justiça. Se a pessoa se esforça para ser justa, há grande chance de não ser mau caráter.
E você? Já teve que lidar com um mau caráter que cruzou o seu caminho? Como se saiu? Usa alguma tática para identificar os bons e os maus colegas? Conte pra gente. Queremos ouvir a sua história
CRISTIANE SEGATTO

Caráter

caráter de um indivíduo é o seu modo de ser, suas características próprias, seu temperamento. Ele é um traço da personalidade, que diz respeito à maneira usual de cada um agir. Este grupo de atributos, bons ou ruins, compõe o comportamento e os valores morais das pessoas, resultantes de um processo evolutivo do sujeito, de seu convívio com a família, a escola, a sociedade como um todo. Nossas qualidades e defeitos são inerentes ao nosso caráter.
O homem está presente, sem máscaras, em seus pensamentos. Estes resumem o ser, e assim definem o caráter de um indivíduo. Os aspectos positivos deste componente fundamental da personalidade são conquistas lentas e graduais, envolvendo firmeza de propósitos, determinação, coragem e um esforço persistente. O conhecimento de nosso potencial e de nossas fraquezas muito contribui para esta edificação do caráter, que envolve sem dúvida a transformação dos pensamentos, ou seja, a sua depuração. As sombras que habitam a alma do homem também foram em algum momento semeadas por ele, através das criações mentais. Percebe-se, então, que o indivíduo é uma construção de si mesmo, ele forja seu próprio eu, na intimidade dos seus pensamentos. Entre o ser quase perfeito e os seres instintivos, próximos da animalidade, encontram-se os mais variados graus de caráter.
Embora o ambiente em que o indivíduo vive seja muito importante, o homem traz em si seu caráter desde o momento do nascimento. Ele pertence ao próprio espírito, os padrões educativos interferem apenas nas escolhas do sujeito, mas mesmo estas se guiam principalmente pelo caráter. Quando este se revela forte, por exemplo, a pessoa se encontra sempre em estado de prontidão, há uma luz vermelha constantemente piscando diante dos caminhos que se apresentam diante dela, por mais que eles aparentem ser os mais adequados neste instante. Uma vez que pertence essencialmente ao homem, o caráter é algo que não se aprende, nem se obtém. Educação e cultura assessoram o sujeito nas suas tomadas de decisão na vida, mas ambas sofrem mutação ao longo do tempo, enquanto o caráter, em última instância, é o diferencial no momento crucial da escolha.
Experiência, autoconhecimento, educação, formação familiar, são alguns dos instrumentos de que o homem se vale para modelar seu caráter. É algo como uma semeadura, que um dia redundará em uma colheita, e os frutos serão proporcionais às sementes cultivadas. É necessária neste processo a paciência do bom lavrador, a sabedoria de alguém que sabe ser imprescindível conhecer e obedecer as leis da Natureza, cuidando para não violá-las, impedindo então o aborto dos resultados do cultivo. Assim se lapida o caráter, aprendendo com os erros e quedas do caminho, com perseverança e determinação

terça-feira, 26 de abril de 2011

O QUE NÃO É FILOSOFIA

 
No ambiente escolar é comum o professor iniciar o estudo de uma nova disciplina dando-lhe o conceito – ou definindo-a. Começa-se, em geral, dizendo o que é aquilo que se vai estudar. Quem vai estudar física, inicia dizendo o que física. E a partir dessa definição pensa já estar sabendo algo de física. Só então é que continua o estudo. Essa é uma forma correta de se começar algo. Mas não é a única. Talvez nem seja a melhor forma de se começar um estudo!
Existem outras formas, em alguns casos, por vezes mais eficientes.

Em muitos casos o que se diz sobre as outras áreas do conhecimento pode-se aplicar à filosofia. Por vezes com proveito e em outros casos nem tanto. Mas aqui não vamos proceder como se faz no estudo das outras áreas, pois a filosofia é diferente. Primeiro por que não é muito fácil dizer o que é filosofia. Depois por que o conceito será sempre aproximativo. Além disso, toda definição é limitada e sempre deixa algo de fora, ficando sempre alguma explicação a ser dada; toda definição é uma tentativa de “por um fim” na discussão, mas a filosofia está sempre iniciando uma nova discussão, portanto não lhe cabe uma definição.

O fato é que muito se fala sobre filosofia, entretanto nem tudo corresponde à verdade. Nem tudo o que se diz sobre algo faz desse algo aquilo que se diz dele. O que se diz é uma visão, uma versão, um ponto de vista. A realidade daquilo que se fala é mais do que aquilo que se pode dizer.

E isso se aplica à filosofia. Aqui, portanto, começamos a falar sobre o que não é filosofia. O que não é pode indicar uma pista para o que é. Quem sabe qual caminho não deve ser seguido está menos perdido do que quem pensa saber qual o caminho correto. Isso se existir um caminho correto
Em primeiro lugar é importante dizer que nem tudo aquilo que popularmente é afirmado sobre filosofia corresponde à verdade. Vejamos, portanto, algumas falsas concepções:
FILOSOFIA DE VIDA: Isso que é chamado de Filosofia de Vida não é filosofia. Essa expressão é utilizada para designar um determinado jeito de viver, um estilo de vida, uma concepção de mundo e de vida. Ao que se chama “filosofia de vida” é, numa linguagem acadêmica, a “Cosmovisão”: uma forma específica de conceber o mundo, a vida e o viver.
PENSAMENTOS, FRASES, PROVÉRBIOS: O que entendemos, popularmente, com isso, não é filosofia.
Toda aquela parafernália de frases, pensamentos, provérbios; tudo isso é usado para produzir um efeito especial, mas não se constitui filosofia. Mesmo que a frase tenha sido retirada de um texto filosófico ou tenha sido escrita por um filósofo.
Mesmo um livro de filosofia não é filosofia.
A partir da frase, do provérbio ou do pensamento podemos fazer filosofia; fazer uma discussão/análise filosófica. Mas isso não faz da frase ou do pensamento, filosofia.
A análise pode ser filosófica, mas o provérbio continua sendo apenas um provérbio, bonito, iluminador… mas um provérbio! Portanto não importa a interpretação que se faça da frase, do pensamento ou do provérbio, eles continuam não sendo filosofia.
OUTROS EQUÍVOCOS: Também estão equivocadas as opiniões estereotipadas que apresentam visões distorcidas ou irônicas sobre a filosofia. Existem algumas afirmações que já são tradicionais e, consequentemente, tradicionalmente equivocadas: afirma-se que a filosofia é “difícil ou complicada”; que é “coisa de doido”; que é “coisa de intelectual”
Filosofia é “Difícil” ou “Complicada”. Dizer que algo é difícil ou complicado é instalar-se no comodismo, negando a capacidade humana de progredir.
Não nos esqueçamos que foram justamente as dificuldades e complexidades que fizeram o homem sair das cavernas para construir os arranha-céus. O progresso humano não é feito por facilidades, mas por dificuldades. Assim sendo, esse tipo de afirmação não depõe contra, mas a favor da filosofia. Ela está ai para ajudar os seres humanos a serem melhores e melhorarem suas condições de vida.
Filosofia é “coisa de doido”. Essa é uma afirmação contraditória por princípio.Dizemos que a “doidura” é incoerente. Como a filosofia busca a coerência, dizer que ela é coisa de doido é uma contradição.
Como determinar o que é loucura e o que é sanidade? A loucura de um pode ser a sanidade de outro. Como saber se o ato, considerado louco, na realidade não é sano e coerente? Quem são os loucos: aqueles a quem o senso comum assim considera ou as pessoas que convivem conosco no dia-a-dia? Ou você não considera loucura num clima quente como o nosso: vestir um paletó, colocar uma gravata, entrar numa sala, fechar a porta, começar a transpirar de calor e ligar ar condicionado? Não é loucura o que fazem algumas pessoas que trabalham “o tempo todo” e não se dão o direito de lazer, ou de usufruir dos resultados do trabalho?
Não devemos esquecer que o progresso humano se deu não pelos atos sensatos, mas pelos que arriscaram, que apostaram na irrazoabilidade e foram chamados de doidos.
Filosofia é “coisa de intelectual”. Quem faz essa afirmação está dizendo que nem todos são intelectuais, pois nem todos são filósofos. Mas afirmar isso seria negar a capacidade reflexiva que está presente em todas as pessoas.
O que é “ser intelectual?” No senso comum, não está claro, mas tende-se a chamar de intelectual a pessoa que considerada inteligente, que estudou bastante, que é considerada sábia. Mas chamar essas pessoas de intelectuais e dizer que a filosofia lhes é “própria” é considerar que as outras pessoas não têm capacidade de reflexão, de estudo, de aprender… Todos os seres humanos são capazes de pensar, de raciocinar, de crescer intelectualmente.
Dizer que a filosofia é “coisa de intelectual” é negar essa capacidade, presente em todas as pessoas. Além disso, alguns dos chamados intelectuais, sabem muito de alguma área específica, mas não sabem nada de coisas corriqueiras, ou de outras áreas do conhecimento.

Fonte: www.webartigos.com
(este texto é parte de material utilizado em aulas de filosofia para os cursos de Letras e Pedagogia, da FAP-P.Bueno-RO)

Neri de Paula Carneiro
Filósofo, Teólogo, Historiador

Atividade: Coloque seu comentário sobre o texto, não se esqueça de colocar seu nome e oano em que estuda.
Exemplo: Fabiana Azevedo, 3 ano C (Quimica)

domingo, 17 de abril de 2011

Garotos de fé




Você acredita em Deus? O Instituto de Estudos da Religião (Iser) fez essa pergunta a 800 brasileiros com idade entre 15 e 24 anos e 98% deles responderam sim. Trata-se de uma maioria acachapante, capaz de desarmar qualquer ceticismo em relação à religiosidade dessa geração. Talvez o correto seja dizer "espiritualidade", pois a fé é hoje muito mais uma questão de escolha pessoal do que era nos tempos do vovô, quando a garotada ia à igreja por imposição familiar e social. Os jovens hoje elegem a própria fé. "Como a decisão é deles, a religiosidade dessa geração tende a ser muito mais forte que nas décadas passadas", diz a antropóloga Regina Novaes, do Iser. Entre os que seguem alguma religião, 33% escolheram por decisão pessoal, independentemente da preferência familiar. Tanto é assim que dois em cada dez mudaram de religião ao menos uma vez.
Boa parte dos teens está olhando para a religião como se estivesse diante de uma prateleira de supermercado. "É como um serviço self-service, em que a pessoa escolhe a que mais a atrai", define Mário Sérgio Cortella, professor do departamento de teologia e ciências da religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Os teens sentem-se à vontade para experimentar. Eles acreditam em Cristo, nos orixás e até em duendes, tudo ao mesmo tempo. Sobra ainda espaço para a proliferação de crenças alternativas, cujo maior atrativo é o inusitado, como cura por cristais, invocação de anjos e bruxaria.
É curioso que isso esteja ocorrendo com os filhos de uma geração que, trinta anos atrás, fugiu da religião institucionalizada. O movimento atual é no sentido inverso, com o aumento nas hostes de fiéis. Metade dos freqüentadores dos cultos evangélicos tem menos de 24 anos. Missas católicas são agora animadas em ritmo de rock, tecno e rap. Há igrejas neopentecostais criadas especialmente para fiéis mais jovens. Uma delas, a Bola de Neve, usa uma prancha de surfe como altar. A tolerância religiosa é uma das características bem-vindas dos novos fiéis. Nesse aspecto, o budismo, que não exige exclusividade de seus praticantes, tornou-se a opção preferida de quem deseja freqüentar mais de uma religião ao mesmo tempo.


98%
dos 800 brasileiros com idade entre 15 e 24 anos ouvidos numa pesquisa disseram acreditar em Deus

Entre os que seguem alguma religião,
33%
escolheram sua fé por decisão pessoal, sem interferência da família

17%
deles tinham mudado de religião ao menos uma vez
 


Uma das características da religião é promover a integração social. Rapazes e moças vão à igreja ou ao templo e lá conhecem outros adolescentes que pensam como eles. Assim, formam grupos. Assistem aos cultos juntos, saem à noite, viajam. O lazer fica associado à religiosidade. "A maioria de meus amigos é daqui", diz a estudante paulista Ana Teresa Santos Cavalcante, de 17 anos, que freqüenta a igreja evangélica Bola de Neve. "Gostamos das mesmas coisas, fazemos os mesmos passeios, por isso nos damos tão bem", afirma ela.

               José Daniel Violante Filho, 17, de São Paulo
          Budista
O estudante paulista visitou pela primeira vez o centro budista Buddha's Light há um ano, com os amigos. "Fui por curiosidade", diz. Lá, praticou meditação, gostou e se tornou freqüentador. Ele mora na Zona Sul de São Paulo com os avós, que são católicos. "Eles vão à missa, mas eu não me identifico com a fé católica", comenta ele.


Joyce de Souza Cunha Melo, 18, de BH
Católica
A estudante mineira vai à missa uma vez por semana e é devota de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei. Acredita em milagres e já fez promessas, uma delas para passar no vestibular. Ela cursa o 1º ano de administração na Universidade Federal de Minas Gerais. Nem sempre foi assim. "Quando eu era mais nova, era superesotérica, acreditava em horóscopo",

William Silva, 18, de Itacaré, Bahia
Evangélico
Nascido numa família de católicos praticantes, William tornou-se evangélico há seis anos. Sua igreja, a Bola de Neve, é freqüentada sobretudo por jovens. Surfista desde criança, ele sempre reza antes de entrar no mar e pegar onda. Muitos de seus amigos usam drogas. "Eu não uso porque Deus não gosta dessas coisas", diz. "Vivo aconselhando meus amigos e às vezes consigo convencer alguns deles a largar o vício."

 Fonte: veja.com

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Atividade - Violencia

A violência urbana é o mal que assola as comunidades que vivem em centros urbanos. Abrange toda e qualquer ação que atinge as leis, a ordem pública e as pessoas. Muitas são as causas da violência, como: adolescentes desregrados e ilimitados pelos pais, crise familiar, reprovação escolar, desemprego, tráfico em geral, confronto entre gangs rivais, falta de influência política, machismo, discriminação em geral e tantos outros.
Apesar de todas as causas citadas acima, a mais importante delas é a má distribuição de renda que resulta na privação da educação e melhores condições de moradia. Todo esse círculo vicioso se origina a partir da falta de condições de uma vida digna que faz com que as pessoas percorram caminhos ilegais e criminosos.
Existem autoridades que acreditam na solução da violência por meio de reforço policial, equipamentos de segurança e na invasão de regiões onde o tráfico se localiza, porém tais situações somente geram maiores problemas, pois nessas situações pessoas inocentes que são vítimas dessa situação acabam sendo “confundidas” e condenadas a pagar por algo que não cometeu.
A violência urbana engloba uma série de violências como a doméstica, escolar, dentro das empresas, contra os idosos e crianças e tantos outros que existem e que geram esse emaranhado que se tem conhecimento. Inúmeras são as idéias e os projetos feitos para erradicar a violência urbana, porém cabe a cada cidadão a tarefa de se auto-analisar para que a minúscula violência que se tem feito seja eliminada a fim de que grandes violências sejam suprimidas pela raiz.

Como compreender a violência a partir da sociologia? Por muito tempo associou-se a violência a uma determinada classe social? Por que?

Fonte: http://blogfilosofiaevida.com/

Facebook e Twitter e os problemas morais


Habitualmente instituições como escolas restringem o acesso a alguns conteúdos de internet. Tal ocorre por razões diversas, mas que se podem resumir a duas principais:

1) por um critério de gestão de largura de banda impedindo o mais possível o acesso a serviços de download;

 2) por razões morais, já que se considera o conteúdo ilícito ou nocivo a jovens.

 Associado talvez ao critério moral, muitas das vezes restringe-se o acesso a serviços como o twiter ou o facebook, porque se entende que estes serviços distraem muito os alunos e, em via disso, não devem ser usados nas escolas. Acontece que, na minha opinião, não é o facebook ou o twiter que distrai os jovens, mas os jovens que se distraem com o facebook e o twiter. Parece o mesmo, mas não é. O que é que nestas afirmações, então, difere? O que difere é que os jovens distraem-se seja lá com o que for quando se querem mesmo distrair. Se os jovens se quiserem distrair com os lápis e esferográficas a fazer de conta que são aviões, suspeito que alguma escola proíba o uso de lápis e esferográficas dentro das suas portas.
Sou do tempo em que o Ministério da Educação, numa parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia colocaram um computador ligado à internet em todas as escolas portugueses. Nessa altura ensinava eu em Lamego e quase todas as noites ia á Biblioteca da escola para navegar um pouco no ciberespaço. Foi assim que me familiarizei pela primeira vez com o trabalho de Desidério Murcho, bem como contactei com uma enormidade de referências até então desconhecidas para mim. E assim também enchia caixinhas de disquetes com informação para ir devorando em casa num velho e lento PC que tinha na altura. Nessa altura dois alunos da escola foram encontrados a visitar sites pornográficos. O acontecimento foi levado a conselho disciplinar e recordo-me bem qual o argumento que usei, apesar de ninguém o ter aceite, creio que mais por preconceito do que pelas razões apresentadas: se a Biblioteca aceita um PC na biblioteca é como aceitar ter revistas porno nas suas prateleiras e armários, pelo que não devem punir os alunos em causa. A verdade é que naquela altura nada estava regulamentado em relação ao uso da internet e 70% dos professores e directores de escola ainda nem sequer sabiam bem o que era a internet. A propósito, durante alguns anos ainda convivemos com a ideia de que a internet só servia para nos distrairmos e irmos lá fazer coisas feias. É mais ou menos como um norte coreano é educado: tudo o que vem de fora só pode ser encarnação do mal. Não me parece assim que a entrada da internet nas escolas tenha sido de todo pacífica e ainda hoje não o é. Praticamente todas as escolas têm serviços de internet bloqueados com argumentos morais. É verdade que a internet pode estar sujeita a um mau uso, mas não o está mais que qualquer outra ferramenta do mundo. Se eu pegar num manual e o atirar à cabeça de um aluno e lhe partir a cabeça, será que as escolas vão proibir o uso de manuais nas aulas? Uma vez coloquei esta questão a uma directora de escola que me respondeu que o exemplo era um exagero.
È facilmente aceitável que uma escola bloqueie conteúdos pornográficos ou violentos. Nada de problemático nisto. Mas a coisa não é bem assim se pensarmos, por exemplo, no You Tube e, talvez ainda mais importante, no Facebook ou Twiter. Por quê? Porque estes são instrumentos poderosos de comunicação e proibir de usar o facebook é mais ou menos o mesmo que colocar adesivos na boca dos estudantes à porta das escolas e proibi-los de falar. A diferença entre o falar no facebook e o falar com os músculos da boca é que no facebook quando falamos mais pessoas nos podem “ouvir”. Se um palavrão for dito pela boca de um aluno, somente os seus colegas mais próximos vão ouvir. Se o mesmo palavrão for escrito no facebook, muitas mais vão ouvir. Mas será que a moralidade se mede pela quantidade de pessoas que tomam conhecimento de um eventual comentário imoral? Parece pois que o argumento da quantidade de pessoas não funciona, pelo que as escolas não devem considerar esta como uma boa razão para impedir os seus estudantes de usar estes serviços.
Num outro ângulo não se percebe muito bem algumas proibições e limitações a serviços de internet nas escolas, até porque o nosso Ministério da Educação promoveu em larga escala a aquisição de computadores portáteis com ligação à internet para uso em contexto escolar. Ora estes alunos usam a internet sem quaisquer restrições institucionais. Parece isto um contra senso já que uma parte significativa dos estudantes que compraram pcs e ligações à internet são pessoas com fracos recursos, precisamente aqueles que necessitariam de maior apoio no que respeita às questões nocivas na internet. 
Por outro lado, há ainda uma outra razão a destacar. Proibir ou limitar o acesso a serviços como o facebook e o twiter parece querer adiar o inadiável. Cada vez mais os dispositivos são portáteis e o acesso à internet mais generalizado. Hoje em dia pequenos smartphones possuem capacidades ultra desenvolvidas de acesso à rede e partilha de informação. Não há volta a dar. Os miúdos cada vez mais vão poder ter nas mãos pequenos mas potentes aparelhos para comunicar via internet e com acesso ilimitado e incontrolado a todo e qualquer conteúdo. O desenvolvimento da nanotecnologia está acelerado e não há como travar o progresso tecnológico ao nível de pequenos e potentes dispositivos.
Não me oponho de todo à ideia que uma escola até decida nem sequer possuir ligação à internet usando outros critérios de estudo e investigação. Só não compreendo como é que as novas tecnologias, num país como Portugal, aparecem como o arauto do progresso pedagógico, a revolução das revoluções e depois andamos de proibição em proibição sem saber lidar com as consequências. Até os professores passam a ser avaliados também pelo modo como usam recursos tecnológicos nas aulas. Ora, proibir serviços como o facebook ou o twitter ou o youtube nas escolas com os argumentos de que distraem os estudantes e potenciam a visita de conteúdos impróprios faz tanto sentido como pura e simplesmente proibir o uso de computadores nas escolas.
E, já agora: no meu tempo, a revista Gina era um sucesso nos intervalos das aulas.

Fonte: http://filosofiaes.blogspot.com/

sábado, 26 de março de 2011

Filosofia - Todos os anos

O pensamento antes da Filosofia


Os homens sempre se fizeram perguntas filosóficas. Nossos antepassados pré-históricos enterravam os cadáveres  com certos rituais, o que nos leva a acreditar que tinham alguma posição sobre o além e sobre a vida após a morte. A magia e o mito era  a maneira como respondiam muitas indagações teóricas e praticas. A filosofia aparece com estas inquietudes a respeito da realidade, as perguntas sobre a vida e a morte, tentam ser respondidas tendo como base o pensamento racional, fundamentado em argumentos que pretendem ser validos. Não foi uma mudança imediata, mas supôs, no entanto, uma espécie de revolução cultural, uma mudança radical na maneira de pensar e explicar a realidade. Entenderemos melhor isso se comprarmos o pensamento com pensamentos anteriores à filosofia, isto é no pensamento mitológico.


O pensamento Mitológico


O mito pretendia explicar a realidade de um modo poético, sem buscar as leis naturais, sem submeter ideias a um processo de comprovação. Nos mitos vemos os fenomenos naturais ocorrendo de forma arbitraria pois acontecem pela vontade de um ser supremoe os elementos são sempre comparados aos seres humanos. Os mitos são produtos da imaginação e da tradição que são transmitidos de geração em geração. Um exemplo de pensamento mitológico é dado por Hesíodo em sua obra Teogonia. Nesse trabalho, o poeta grego explica a origem dos deuses que formavam a origem da mitologia grega, bem como as forças geradoras do Universo. De outro lado vemos o Logos (fundamento do pensamento racional filosófico) considera que os fenômenos naturais ocorrem porque são necessário, porque assim exige sua própria natureza, conforme princípios internos que devem ser conhecidos. As explicações próprias do Logos são produtos do raciocínio e da investigação e se baseiam em argumentos que tentam demonstrar suas afirmações de uma forma inteligível.


A utilidade da Filosofia


São os objetivos principais da filosofia:


j        Ensinar a pensar bem. Cada área do conhecimento ensina a pensar de determinada maneira. A filosofia encarrega-se do pensamento do pensamento em geral, das normas da lógica, de avaliar a verdade, de perceber a diferença entre o pensamento teórico e o pratico.
j        Ajuda a entender a realidade. Enquanto os outros saberes encarregam-se de uma parcela da realidade – a historia, a arte, a astronomia, a biologia, etc. -, a filosofia encarrega-se da totalidade dos seres. A filosofia permite que conheçamos a nós mesmo como sujeitos da história, como criadores da cultura. Busca respostas ás perguntas que estão além do campo de cada uma das ciências.
j        A filosofia também contribui para a compreensão e melhoria do próprio mundo. A ideia de mundo interior tem muita importância na filosofia. Cada um de nós vivenciamos diferentemente as coisas da vida. Somos completamente diferentes um dos outros e únicos na maneira de ser, viver e sentir. Nestes casos a filosfia nos ajuda a interpretar o mundo com uma atitude critica, a fim de avaliar as ações e também tudo aquilo que nos cerca.
j        Ajuda a viver livremente. Essa sempre foi uma das aspirações da filosofia. Há muitas situações pessoais conflituosas, difíceis, que nos afetam profundamente. A filosofia ajuda a tomar decisões em assuntos verdadeiramente importantes. Ela serve como apoio para encontrar o sentido da vida, para construir o projeto pessoal próprio, compreender os demais, dizer o que pode ser tolerado e o que não pode. A liberdade é uma conquista e os filósofos sempre tentam encontra-la.
j        Colaborar na realização do projeto ético comum de construir um mundo justo e solidário. A filosofia não deve apenas a ajudar a conhecer a realidade, mas deve muda-la. O grande projeto da espécie humana, o que guia sua inteligência, é a construção de uma sociedade mais harmoniosa, um mu7ndo compartilhado em que todos nós possamos conviver com justiça e no qual estejamos em boas condições para realizar nosso projeto individual de felicidade.